Muitas pessoas costumam dizer que amam os animais ou que são contra a crueldade animal, mas pagam pessoas para violar, explorar e matar animais. E não fazem isso por necessidade ou por questões de saúde, mas porque gostam do sabor deles. Como podemos justificar prejudicar toda existência de alguém por alguns minutos de prazer sensorial? Como pode tantas pessoas de bom coração estarem tão desconectadas da violência que apoiam por meio de suas escolhas? Animais que são sensíveis e conscientes, e desejam viver uma vida livre de dor e sofrimento. Confira os argumentos mais comuns usados para prejudicar animais.

Uma saúde melhor começa no seu prato. A dieta baseada em vegetais é saudável e nutricionalmente adequada para todas as fases da vida, incluindo gravidez, infância e atletas, como afirma Academia de Nutrição e Dietética (a maior organização de profissionais de alimentação e nutrição do mundo). Uma dieta baseada em vegetais integrais demonstrou ajudar o microbioma intestinal, reduzir a inflamação, diminuir o colesterol alto e a pressão alta, estimulando o sistema imunológico e também reduzindo o risco de desenvolver muitas de nossas principais doenças crônicas, como doenças do coração, diabetes tipo 2, derrames, certas formas de câncer, como o câncer de cólon, mama e próstata, e podendo até mesmo proteger contra o declínio cognitivo. Saiba mais aqui.

A pecuária usa 83% de todas as terras agrícolas globais, mas produz menos de 2/5 das proteínas que consumimos e menos de 1/5 das calorias que consumimos. A criação de animais para produção de carne, laticínios e ovos é responsável por 14,5% das emissões de gases de efeito estufa, o que significa que as emissões produzidas pela pecuária são maiores que a produzida por toda a indústria de transporte. Mudar para uma dieta baseada em vegetais também nos permitiria alimentar todas as pessoas do planeta e, ao mesmo tempo, liberar 75% das terras agrícolas, que é uma área equivalente em tamanho a toda a Austrália, China, UE e EUA juntos. A pecuária é uma das principais causas de zonas mortas nos oceanos, poluição da água, destruição de habitats, erosão do solo e extinção de espécies. Saiba mais aqui. 

Mais de 75% das doenças emergentes se originam em animais. A Gripe Suína de 2009 teve sua origem em uma fazenda de porcos na Carolina do Norte. A pandemia da Gripe Aviária de 1918 teve seu início fortemente atribuído a uma criação de galinhas no Kansas. A BSE (Doença da Vaca Louca) veio de fazendas de gado no Reino Unido. NIPAH de fazenda de porcos. MERS de fazenda de camelos. Tuberculose bovina de fazendas de leite. Cepas de gripe aviária como H5N1 e H7N9 de criações de aves e mercados de aves vivas. SARS de mercados de animais vivos. Saiba mais aqui.

Uma dieta baseada em vegetais requer apenas um terço da terra necessária para sustentar uma dieta de carne e laticínios. Os animais de criação consomem muito mais proteínas, água e calorias do que “produzem”. A maior parte da proteína dos alimentos vegetais é usada para as funções corporais do animal e não “convertida” em carne, ovos ou leite. Evitar produtos de origem animal não é apenas uma das maneiras mais simples de um indivíduo reduzir a pressão sobre os alimentos e outros recursos é a maneira mais simples de se posicionar contra sistemas alimentares ineficientes que afetam desproporcionalmente as pessoas mais pobres em todo o mundo. Saiba mais aqui.

Uma sociedade justa e compassiva não pode depender do sofrimento e do abuso de criaturas inocentes. Promover uma sociedade mais ética com animais, ajuda a consolidar a visão de que todos os seres senciêntes merecem respeito e consideração, independentemente se eles não são tão inteligentes, se são mais vulneráveis, ou se não podem cumprir contratos sociais. Todas esses atributos são irrelevantes e arbitrários para atribuir consideração moral. A maioria das pessoas jamais consideraría justificável prejudicar humanos (incapazes) ou animais como cães e gatos, apenas porque não possuem tais características. O que realmente importa é se possuem a capacidade de sofrer, o interresse fundamental em continuar vivo. Isso é suficiente para considera-los dignos de consideração moral. .